Muitos colaboradores em todo o mundo começaram a enviar propostas de pavilhão, todos lidando com o tema O Laboratório do Futuro da a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. Este ano, o Pavilhão Britânico terá a curadoria de Jayden Ali, Joseph Henry, Meneesha Kellay e Sumitra Upham. A exposição Dançando Diante da Lua exibirá várias instalações que incluem novas criações de seis arquitetos e artistas.
"Dancing Before the Moon" é uma exploração do fenômeno arquitetônico intangível. Ela desconstrói nossa compreensão do ambiente construído, colocando o foco nas pessoas, comunidades, rituais, práticas sociais e costumes cotidianos. O Pavilhão rejeita a compreensão preconcebida da arquitetura que está enraizada em edifícios e estruturas econômicas, concentrando-se em refletir como as pessoas usam e ocupam o espaço. Ele oferece uma perspectiva alternativa de como as culturas se relacionam coletivamente com a terra e a geografia e como as comunidades cooperam para manter o espaço por meio de atividades sociais e produtivas.
Na entrada do Pavilhão, os visitantes encontrarão uma instalação externa cinematográfica de tamanho considerável, projetada por Jayden Ali, e um filme produzido pelos curadores e colaboradores será exibido no salão principal, destacando o papel crucial que os rituais desempenham na reflexão dos costumes e valores comunitários das pessoas que vivem no Reino Unido. Dentro do pavilhão, cinco artistas e arquitetos do Reino Unido exibirão objetos com foco em práticas comunitárias que impactam o espaço. A exposição explorará meios como performance, artesanato e documentário – tudo através da estrutura do ambiente construído e como ele é inerentemente moldado pelas pessoas. Essas diferentes práticas serão destacadas ainda mais por meio da interdisciplinaridade, com arquitetos, urbanistas, artistas sonoros e escritores que fazem a curadoria da mostra.
Afinal, há uma razão para que algumas pessoas desejem colonizar a lua e outras dancem diante dela como uma velha conhecida. James Baldwin
O British Council, uma instituição especializada em oportunidades culturais e educacionais internacionais, é responsável pelo Pavilhão Britânico nas Exposições Internacionais de Arte e Arquitetura organizadas pela La Biennale di Venezia desde 1937. O objetivo do conselho é criar espaços para conversas significativas que desafiam e influenciam o futuro do ambiente construído. A instituição tem sido responsável por convidar nomes como Zaha Hadid, Richard Rogers e Normal Foster para mostrar seus trabalhos nas exposições anuais de arquitetura. Em 2012, a organização iniciou as convocatórias através de chamada aberta, incentivando os curadores a utilizarem a plataforma como um espaço de exploração e pesquisa.
Ao desdobrar a relação entre pessoas e espaços, o Pavilhão do Reino Unido visa abordar o tema abrangente da Bienal de Veneza, "O Laboratório do Futuro", com curadoria de Lesley Lokko. Muitos outros países anunciaram recentemente seus projetos curatoriais, como o Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos, intitulado "Aridamente Abundante ", que explora a abundância e novas formas de habitar os ambientes áridos, ou o Pavilhão Italiano, apresentando “Todos Pertencem a Todos” que fornece um retrato original da arquitetura italiana em um contexto internacional. Da mesma forma, em "Infraestrutura utópica: a quadra campesina de basquete", o Pavilhão Mexicano desconstrói a socialização, o debate e as brincadeiras dentro da estrutura espacial.